segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Skavurzka!!!

As pessoas acham normal, mas se levassemos um dos nossos antepassados a um salão de beleza hoje, ele dificilmente diferenciaria de uma câmara de torturas... Manicures e seus alicates afiados. Cabelereiras e suas pinças para sobrancelhas! Depiladoras e suas ceras...Ah, a cera!!!!!


Parecia uma visita inocente à esteticista. Eu faria um pacote básico de drenagens linfaticas e voltaria pra casa ilesa, e com menos celulite. Mas... o pacote previa uma avaliação e sessao de drenagem "gratuitas".



Saldo:


10 sessoes de ultrassom

06 sessoes de drenagem linfática e;

06 sessões de corrente russa



Bem que o nome devia ter me alertado... Nada relacionado com a Russia deve ser boa coisa: roleta russa, montanha russa, salada russa... Mas eu teimei e resolvi fazer a tal da corrente russa. Talvez fosse só uma oração pelas almas torturadas pelo comunismo...




Fiz a drenagem e o ultrassom muito bem, mas hoje foi o dia da "roleta russa". Se tem uma coisa que eu odeio é tomar choque. Só vi a mulher preparando os eletrodos (que deviam medir uns 5x5 cm cada): ela pegava dois algodoes, molhava, colocava no eletrodo e colava em mim. Fez isso com uns 12! Passei 30 minutos tomando choques e imaginando por que diabos eu comi tantos Sonhos de Valsa... Ui!



Olha a situaçao:



Bom... acho que ninguem questiona o poder embelezador das técnicas de tortura, mas que não e fácil ser mulher... Pior que nem dá pra desejar ser cachorro na próxima encarnação. Os pet shops estão indo pelo mesmo caminho.


do svidaniya

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Regis Tadeu


Pra quem ainda não conhece Regis Tadeu é um crítico de música, além de fazer o que todos críticos fazem (descer o cacete na maioria das vezes e de vez em quando elogiar o que ninguém conhece), ele também faz criticas sociais. Só na coluna dele você encontrará coisas do tipo:


A cada dia que passa, mais e mais pessoas se entregam ao nefasto e persuasivo ato de esquecerem de si próprias, como se a alienação fosse uma "virtude" - para não dizer "necessidade" - social. Para muitos, é mais fácil e seguro ser uma besta alegre e sorridente.


hahaha, muito boa!

Você pode conferir os escritos dele aqui:

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Esperança ou Perseverança ?


esperança
acto de esperar;
tendência do espírito para considerar como provável a realização do que se deseja;
a segunda das virtudes teologais;
o que se espera;
expectativa;
suposição;
probabilidade;

perseverança
acto de perseverar;
qualidade de perseverante;
pertinácia;
constância;
firmeza.


E a plebe diz:
A esperança é a ultima que morre!

E eu entendo:
Então a esperança não deve ser uma coisa muito boa, vaso ruim não quebra!

A perseverança, esta sim !

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Não Confunda Mentiras com Falácias


Todo mundo sabe o que é uma mentira. Feita de uma pessoa para outra, ou para muitas outras, é uma afirmação cujos fatos enunciados não correspondem à verdade. Mentiras são maneiras de evitar uma possível punição ou de encobrir uma situação ridícula; pode ser também uma estratégia para não comprometer outras pessoas injustamente. Afinal, ninguém gosta de ser, ou merece ser, vítima de mentiras no que elas têm de condenável porque escondem a verdade. Por exemplo, houve uma época no Brasil, quando todos sabiam que se o governo federal anunciasse que não ia fazer alguma coisa, como criar um novo imposto, baixar uma nova lei de emergência.... isso infalivelmente seria feito, e dentro de pouco tempo. A vítima de uma mentira sempre está em desvantagem porque não sabe a verdade, não tem a informação correta para tomar uma decisão acertada, podendo ainda se sentir em dúvida, num ceticismo perturbador, até que a verdade se imponha. A vítima de uma mentira age sob a influência de um ardil verbal. Acredita naquilo que supõe ser verdadeiro quando não o é. Podemos ser vitimados também por um outro tipo de desvio de pensamento que é tão perigoso e enganador quanto a mentira: a falácia.

Enquanto a mentira é uma informação falsa, uma falácia é um argumento falso, ou uma falha num argumento, ou ainda, um argumento mal direcionado ou conduzido. A origem da palavra "falaz" remete à idéia do deceptivo, do fraudulento, do ardiloso, do enganador, do quimérico. Para entender bem isso, é preciso lembrar que quando pessoas esclarecidas tentam convencer outras também esclarecidas a acreditar em suas afirmações, precisam usar argumentos, isto é, exemplos, evidências ou casos ilustrativos que confirmem a veracidade do enunciado. Como se vê, estamos falando de discursos, de enunciados, de declarações feitas com o fim de persuadir, levando alguém ou um grupo a acreditar numa coisa ou outra. Você acredita em tudo o que escuta ou lê? Claro que não. A diferença entre uma pessoa esclarecida e uma não- esclarecida é a maneira como ambas lidam com discursos: a primeira tem critérios para aceitar ou rejeitar argumentos; a segunda ainda não aprendeu os critérios para distinguir argumentos que carecem de fundamentação.

Note bem: não confunda mentiras com falácias. Mentiras são desvios ou erros propositais sobre fatos reais; falácias, por outro lado, são discursos, ou tentativas de persuadir o ouvinte ou leitor; promovendo um engano ou desvio, porque suas estruturas de apresentação de informação não respeitam uma lógica correta ou honesta, pois foram manipuladas certas evidências ou há insuficiência de prova concreta e convincente. Uma afirmação falaciosa pode ser composta de fatos verdadeiros, mas sua forma de apresentação conduz a conclusões erradas. Toda pessoa esclarecida, instada a elaborar argumentos, por força do trabalho que executa ou de situações cotidianas, deve reconhecer nos próprios argumentos o uso proposital do raciocínio falacioso (intenção de ludibriar) e a imperícia de raciocínio (lógica acidentalmente comprometida). De uma forma ou de outra, compra-se ou vende-se gato por lebre.

Uma vez sabendo identificar falácias, você vai começar a vê-las por todo lado. Nos discursos de candidatos a cargos políticos, nas notícias de jornal (tanto impresso quanto televisivo), nas reuniões de condomínio, nas frases de vendedores (de imóveis, de carros e planos de saúde, de cartões de crédito). Há quem cometa falácias sem malícia, meramente como resultado de raciocínio apressado ou ingênuo. Mas é mais freqüente encontrar falácias em argumentos de pessoas ou instituições que querem enganar o ouvinte, querem convencê-lo a concordar com o enunciado (seja votar, comprar ou decidir, manipulando a vontade do interlocutor).

Para quem é professor, por exemplo, é mais importante levar seus alunos a entender como identificar falácias enunciadas por outros, e como não cometer uma falácia, do que ensinar uma grande quantidade de fatos a serem memorizados e logo esquecidos. Aquilo que o professor ensina aos seus alunos deveria ficar com eles até o fim dos seus dias, protegendo-os de políticos capciosos, vendedores oportunistas e de vizinhos intimidadores, desejosos de manipular o pensamento dos seus ouvintes, enganando-os com argumentos falsos ou desviados.

Assim, uma falácia não é apenas um erro; é um erro de um certo tipo, que resulta do raciocínio impróprio ou fraudulento. A falácia tem todo o aspecto de um argumento correto e válido, embora não o seja. Esse é seu grande perigo: parece correto, mas não é, além do que, leva a outros erros de pensamento, como conclusões erradas. Existem três grandes categorias de falácias: (A) aquelas baseadas em ''truques de palavras''; (B) aquelas que representam a perversão de métodos de argumentos legítimos, especialmente o indutivo; e (C) aquelas que representam argumentos extraviados ou desencaminhados.

Para cada tipo de falácia daremos o nome, uma definição e um ou mais exemplos. [O autor ficará feliz em receber de leitores sugestões defalácias aqui omitidas para serem acrescidas numa nova atualização].