quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Novos "gurus", velhos discursos...


Palestrante e mestre ? ahuahauhau


Não considero o Satyaprem nem de longe um guru autêntico, mas tudo bem... ele só está repetindo os ensinamentos mesmo, kkkk



A razão desconhecida e o livre arbítrio


Participante — Satya, e o livre arbítrio?

Sabe qual é o único livre arbítrio que você tem? Você tem livre arbítrio de pensar que tem livre arbítrio, este é o único livre arbítrio que conheço.

Participante — Mas nós temos escolhas, não é? Caminhos?

Temos ou parecemos ter?

Participante — Depende do nível. No dia a dia, por exemplo.

Quero ir até o fundo disso, é importante que você entenda, é importante que todos entendam. Vá fundo. Você tem escolhas?

Participante — Eu diria que sim. Digamos que, dentro daquilo que fazemos todos os dias, podemos escolher fazer uma coisa ou outra.

Você pode? Se pensar dessa forma – que você sempre escolhe aquilo que tem de ser feito – por que, às vezes, você faz umas coisas que não escolheu fazer?

Participante — É verdade.

Você não tinha livre arbítrio para fazer diferente?

Participante — Vamos dizer assim: as minhas decisões na vida talvez poderiam ser diferentes.

Poderiam? E por que não foram?

Participante — Porque foram opções... ou talvez fui levado por alguma razão que não conhecemos.

Ah! Essa "razão que desconhecemos" é o mais interessante. É exatamente isso: você sempre faz o que essa razão que você desconhece quer que seja feito. Às vezes, coincide com o que você estava pensando, às vezes, não. Mas não foi você quem escolheu, foi aquela razão desconhecida – ela que escolhe fazer isso ou aquilo através desse corpo-mente. O que acontece é que, nas vezes em que não coincide, você diz que não foi você que fez, e nas vezes que coincide, você diz que tem livre arbítrio e que decidiu fazer dessa forma.

Participante — E nos culpamos, pensando que poderíamos ter tomado outro caminho...

Porque você acredita que tem livre arbítrio! Veja que você não tem livre arbítrio e que tudo acontece porque tem que acontecer. Você não tem culpa de nada, nesse sentido tudo é um acidente.

Participante — Até nas pequenas coisas?

Até nas minúsculas coisas. Por exemplo: você decide fazer alguma coisa, daí, você faz essa coisa, mas foi você quem decidiu fazer?

Participante — Foi a mente e o corpo.

E a mente é expressão do quê?

Participante — Da Consciência.

Só existe Consciência. Tudo o que existe é Consciência, é a Essência se manifestando – ela se manifesta através de você. Às vezes, você pensa que era você fazendo alguma coisa, mas será que não é "essa coisa" que você desconhece que está se manifestando, coincidindo com a sua vontade?

Participante — E quando não aceitamos certas coisas?

Continua sendo manifesto, não continua?

Participante — O fato de não aceitar também é uma decisão da Existência.

Tudo o que acontece é manifestação, não importa o que aconteça. Se você não concorda, a Essência quer que você não concorde. É você não concordando? Não. Quem é que não está concordando? A Essência. Esse é o jogo, leela, uma brincadeira. A noção de livre arbítrio engendra a noção de uma entidade que escolhe, por isso a pergunta: "Quem é você?" Quem é essa entidade que tem livre arbítrio? Não tem livre arbítrio. Não pense e realize isso por si mesmo.


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