domingo, 3 de abril de 2005

Eu demorei um pouco a tocar nesse assunto porque estava pensando na minha vida... no rumo que ela tomou e que tomará por conta das minhas decisões.

Tomei uma decisão muito dura. Demorei para tomá-la porque sempre quero ter certeza de que estou agindo com racionalidade. Para mim é muito cruel agir com impulsividade. Cruel comigo e com quem a minha decisão pode afetar. Eu sempre tento achar uma solução antes de tomar decisões que podem machucar alguém.
Infelizmente, neste caso, eu estava certa. Percebi que meu namorado ainda estava preso à uma ex-namorada que o fez sofrer muito. Em todas nossas discussões, ele a evocava. Direta ou indiretamente. Ela exerceu uma influência muito grande sobre ele. Uma influência ruim, que eu não pude eliminar. Acabou com sua auto-estima. Ele vivia desconfiado que eu o traía. Tinha ciúmes dos meus amigos, reclamava porque eu trabalhava até tarde, até de amigas ele suspeitava. A situação estava insustentável. Valores que eu acredito serem imprescindíveis em um relacionamento foram violados: confiança, respeito e cumplicidade (esse nunca atingimos). Tive que terminar o namoro. Por pior que a situação estivesse, essa decisão nunca viria dele... Ele esperava que eu a tomasse. Quanto mais se adia uma decisão dessas, mais as pessoas sofrem (tanto quem precisa tomar a decisão, quanto quem é afetado por ela).

Isso aconteceu há quatro semanas. Foi muito triste, mas necessário. Eu aprendi algumas lições com isso. Aprendi que não importa o que você faça. Vc não tem o direito e nem conseguirá mudar ninguém. Além disso, tentei ajudá-lo com sua insegurança, mas não se pode ajudar quem não quer ajuda (seja por não reconhecer precisar dessa ou por não saber que precisa). Por último, descobri em mim uma falha: me preocupo demais com o que as pessoas vão pensar sobre minhas decisões. Imaginei que minha família e a dele fossem me crucificar por terminar um namoro que aparentemente era maravilhoso. Sim, aos olhos de todos, estava tudo andando bem. Menos aos meus. :(

Este namoro me transformou em uma pessoa que eu não era. Diante de tantas censuras por parte de meu ex-namorado, eu cedia e cada vez perdia um pouco de mim. Eu ouvia coisas do tipo: "Você sorri demais. Isso chama a atenção de outros homens", "Blusa com alça é coisa de¨*¨&*%#" e assim por diante... Tudo o que eu fazia merecia censura. Até quando eu cantava, ele olhava feio. Só faltou me colocar em uma redoma. Tive que dar um basta antes que não pudesse mais voltar a ser eu mesma. Não posso admitir ser punida por algo que eu não fiz.

Under, não me venha com seus conselhos de irmão mais velho. Quando as mulheres desabafam, elas não querem conselhos. Só querem ser ouvidas.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

.... cada vez mais... fico com medo das pessoas mais próximas a mim...
sabe por quê ?
é simples... porque todos as maiores porradas que levei nesta vida foram de pessoas que estavam próximas a mim, pessoas que eu nunca desconfiaria que poderiam enfiar um punhal nas minhas costas...

é incrível, estranho pensar assim...
uma pessoa que não está "perto" de vc não te pode ferir tanto quanto uma pessoa que está "perto" de vc

solução ?!

seja anti-social e só se relacione com animais subumanos ....

[]'s

06 abril, 2005 13:10  

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